Carências
Paulo Gondim
08/02/2013
Buscamos em vão alento para nossas carências
Em cada tentativa, avolumam-se nossos ais
E nessa busca por caminhos perdidos
Nos desencontramos cada vez mais e mais
Esquecemos o que temos e procuramos lá fora
Mas para que lembrar o que já não mais existe
Que há muito partiu, foi-se sem muita demora
Levando sua tristeza e deixando alguém triste
E nossas carências se sobrepõem ao tempo
Já fazem parte de nós e assim persistem
São como posseiras que já se sentem donas
Nossas carências são fortes, não desistem
E entre dúvidas, conceitos e acertos
Nossas carências já são ideologias
Não mudam. Arraigaram-se em nós
Como entranhas, parte de nossos dias.
Comentários
p/Paulo Gondim.
até deu vontade de chorar....até parece que foi escrito pra mim...ufaaaa foi bom ler seu poema.
abraços.
Nailde Barreto.
Nailde Barreto.
Oi, Nailde!
Seu comentário é forte. Pronto: o poema é seu. assine-o!
Paulo Gondim
Paulo Gondim
p/paulo gondim/carmencecilia
CarmenCecilia
Quantas verdade nesses teus versos que arrepiam!
Maravilhoso
Abraço afetuoso
Carmen Cecilia
CarmenCecilia