Sujeito excêntrico, metido, deselegante. Anda de nariz empinado como se fosse o dono do mundo. Faz de tudo para chamar a atenção. Mete-se na conversa dos outros sempre discordando de tudo. Veste-se de forma esquisita para atrair olhares. Pensa que é o sabichão, quando na verdade, nada sabe.
Esse é o tipo que nunca trabalhou na vida. Dá cavalo de pau no seu carro porque é herdeiro, nunca soube o valor de um parafuso. Desfaz dos seus empregados na frente dos outros para mostrar que tem autoridade. É do tipo que se tiver que fritar um ovo, morre de fome, mesmo com sua despensa cheia de mantimentos.
Sujeito assim, se tiver que conquistar uma mulher pelos próprios méritos, morre solteirão. Não tem amigos. É o verdadeiro solitário no meio da multidão. Ele tem que custear festas para estar rodeado de puxa-sacos. Ele é o pobre de espírito e pensa que compra o céu com seu dineheiro. Pensa ser imortal, o bom, o tal... Não passa de um coitado!
O insignificante é assim, insuportável, extravagante, intolerável. Consegue destruir sua herança em pouco tempo, porque nunca aprendeu contabilidade e nunca suou para ganhar um real. Enquanto rico não sabe viver e ao se tornar pobre suicida-se.
Osmar Soares Fernandes