Menina maluca
Louca, menina maluca,
Às vezes, moça,
Vagabunda, oca.
Cabeça sem cuca,
Com pedras na boca.
Pisca como vaga-lume.
Tem dentro de si
Um lindo tesouro.
Mas não sabe
Brilhar seu ouro.
Seu cérebro é sem números,
Não sabe contar até dez.
Vive na forca dos sentimentos,
Na força do hábito do momento.
É um pedaço de mal caminho...
Convive com a orgia do movimento.
Jamais pensa em casamento.
É uma formiga bela no meio
De tantos elefantes.
Não sabe o tudo que possui.
Boêmia... Festeira...
É a saideira de tantos.
Usa vários nomes...
Não acredita em sonhos.
É uma garota de rua!
Fica nua à toa.
Entra na dele, na sua, na minha.
É apenas uma menina maluca
Com mil e um pseudônimos.