Buscar alguma mão que, terna, afague
O corpo que, pesado, já não ergue
E que o grosso couro meu quero que rasgue
E à sua suavidade que eu me entregue
Sentir a cândida emoção a me implodir
Saboreando inusitadas sensações
Até que, então, um novo ser possa emergir
Formado em sonhos, utopias e ilusões
Conhecer valores que outrora ignorava
E degustar de toda a vida toda a essência
E ao descobrir o quanto esta me embriaga
Ter esquecido por completo minha carência
Perder o tino, enfim, prostrado numa alcova
Na fantasia da conquista tão serena
E que todo e qualquer problema se resolva
Na habilidosa mão gentil da Madalena
19/06/98