Hoje eu não quero escrever poesia de amor
pois se eu o fizer, seu aspecto será áspero e tenebroso.
Falarei de agonia e morte, ruminando a acidez
de um adeus sem motivos.
Poupo a folha branca e intocável de ser manchada
com tanta amargura que carrego dentro de mim.
Afinal seria tolice vomitar a minha dor
escancarando a angustia que sua ausência deixou.
Fiz parte de sua vida por tão pouco tempo eu sei
e não entendo como pude me entrelaçar na sua vida assim.
Me perdi dentro de suas entranhas que hoje eu me pergunto
onde é o meu começo e como chegou nosso fim.
Por tua causa despi meus mais antigos segredos
e entoei canções que julguei que seriam eternas.
Porque entrelacei seu corpo com minha alma,
sua vida passou a ser as minhas pernas.
Hoje vejo que foi loucura e insensatez de minha parte
porque sua vida não faz mais parte do meu cotidiano.
Percebi que eu nunca toquei o céu ou caminhei entre estrelas,
porém descobri que ainda te amo.
Acidez
Data de publicação:
Quarta-feira, 8 Abril, 2009 - 18:31
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