Hoje não vivi a minha vida,
Sobrevivi á tua ausência.
Que mais hei-de fazer?!
Só me resta ter paciência…
Ontem quando adormeci,
Adormeci ligado a ti.
Sonhei com um grande beijo,
És a beleza que escolhi,
Aquela que mais desejo.
Não tenho medo da vida,
Nem tão pouco de morrer.
A única coisa que tenho medo,
É que me possas esquecer.
Adoraria poder tocar no teu corpo,
Percorrer docemente o teu ser.
Sentir o perfume da tua pele,
Acompanhar-te na força do teu prazer.
Amar não é aquilo que queremos sentir,
Mas aquilo que sentimos sem querer.
Ansiosamente aguardo o dia,
O dia em que te possa ter…
Comentários
A RESPOSTA ANTIGA QUE JA CONHECES
O furtivo sentimento freqüentemente qualificado como amor, quando comprovado que existe, seria sem duvida algo inestimavelmente onipotente e infinito, algo deveras independente de prazeres, charadas e ilusões. Honestamente parece-me extremamente ingênuo utilizar tal conceito, sem haver devidamente estimado a sua profundeza e seu alcance, assim automaticamente desclassificando, reduzindo e desfalcando todo o seu imenso valor teorico e sua potencial imensidão, devido a sonhos insensatos e nuvens no arco-ires...
Justamente o amor e' atribuído a uma mãe que pari, a uma criança incapaz de compreensão e a loucos perdidos na desilusão. Por virtude de sua natural inabilidade de aceitar o sofrer, a solidão e a amargura da uma existência banal, milhões de palhaços sem palco permanecem sonhando, babando e gozando de forma aquem da compreensão, ridiculamente embriagados por hormônios, promessas e medo de solidão.. E embriagados, dopados e mentalmente capados eles procedem, de maneira absoluta, tal como multidões de previas gerações localizadas atraves de todo do espectrum cultural humano, inebriadas pela ilusão de cegos pairando, movidos por desejo...
Precisamente devido ao fato que bilhões de cegos iludidos foram e permanecem capazes de convencer-se que o amor existe, combinando e confundindo amar por mal-amar, pateticamente seus seguidores - as massas desiludidas, atormentadas e mal-amadas - foram e são preservados mantidos sonhando com um amor inexistente, por causa de sonhos perdidos, pinturas distorcidas e canções idílicas sem notas musicais, assim nos preservando, pairando sobre o beco dos perdidos , nas profundezas do desespero, afogados por infinita decepção.
Augustus Aureliaunus Severus
Visconde de Mesquitela