Sou pura inexistência,
Cuja alma vaga em penitência
Por te amar em demasia.
Sou sua carência,
Cuja mente se perde na demência
De te amar todo dia.
Sou louca insistência,
cujo desejo, sem clemência,
Me faz te amar em teimosia.
Sou eterna iminência,
Cujo corpo, mesmo se em decadência,
Ainda te esperará para amar algum dia.