Meus poemas são vazios
Não têm cor, ou essência.
São gotas, e mesmo rios
De um mar em evidência.
Sem mensagem nem pensamento
Têm apenas um objectivo:
Querem criar um sentimento,
Torná-lo em algo altivo.
Não têm nada para decifrar.
Apenas querem existir!
Só desejam poder deixar
Alguém triste a sorrir.
São simples, sem ocultismos
Dizem apenas o que querem
Dão lugar a altruísmos
Altruísmos que, por vezes, ferem
Não são dedicados à cabeça
E carregam consigo um senão:
Se a lê-los alguém começa
Tem que ler com o coração.
Mas se quem lê não o usar,
Nem vale a pena começar…