ÓH! Puxa vida, depois de tantos anos me lamentando, descobri que sou feliz e não sorria, sou rica e não sabia.
Mas tudo bem, ainda á chance, enquanto a vida, á chance, chance de descobrir que no jardim da vida a cada dia ele está a florir, e hoje dia 02/02/2012 em uma bela manhã de quarta feira, olhando para o raiar do sol, sozinha sem alguém com quem me falar, sozinha pude me sentar e com a própria natureza pude conversa, e tive a chance de poder me refletir, pude descobri que, sou feliz, sou rica e tenho motivos para sorrir.
Lembrei-me, dos momentos tristes que passei, dos momentos angustiantes que chorei, das misérias que vivi, dos caminhos maus trilhados que percorri, das violência que sofri. É, até dos meus sonhos que tão perto e como um passo de mágica eu via-os fugir. Também dos momentos que a DEUS eu clamei, quantas vezes já nem mais sei.
Quantas vezes chorei, lagrimas de dor em meu rosto rolo, uma vida alegre a DEUS eu pedi que nos desse por favor!
Hoje me lembro sem saudade a nossa dura realidade, lembro-me dos nossos copos de latinha enferrujada que no lixo era buscada, pois um copo de verdade não fazia parte da nossa realidade.
A nossa cama era de pau cruzado, o nosso colchão de palha rasgada, a nossa casa era de bambú, ou mesmo pau e barro, o telhado de taquara ou folha seca de sapé. É, talvez você nem sabe o que é. Lembrei-me também, dos nossos cãezinhos magrelos com seus pelos feridos e bernentos, com seus olhares tristes piedosos, e com seu estômagos a costa quase igualando, pois de fome estava roncando, sua comida ele de quase nada, quando tinha era angu de fubá grosso ou água suja dos pratos que neles nós nos alimentamos, e os cãezinhos mesmo canlambiando de fome e com seu pelo bernento e com as moscas nele pousando pois o mau cheiro pelo ar estava exalando, mesmo assim, seu amor pelo dono eles estavam sempre demonstrando. E para sua própria defesa, eles sempre bocando para espantar as mosca que neles vinha pousar, para que bicheiras em suas feridas elas não viesse a colocar. Mas os seus donos eles estavam sempre acompanhando.
Hoje, a comida dos cãezinhos é ração e o tratamento de qualidade, e a nossa cama é de verdade, nossos copos é de cristal, nossa casa é de tijolo e iluminada para todo lado, antis a água em casa nós não tinha hoje ela vem na cozinha, vivemos em outra realidade.
Mesmo assim da vida a reclamamos, dizemos que não somos felizes, não paramos para refletir e agradecer a Deus por nós estarmos aqui, ainda não aprendemos a descobrir que a felicidade ta no coração daqueles que sabe viver, pequenas emoções, que a felicidade está no momento de cada realidade.
Autora; Maria silvania