Blog de Magno Aquino Miramontes
________________-Taquicardia
_________________________ Magno Aquino
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Pensar me faz tremer,
A carne desaba em ossos
A alma desaba em mim
Dentro íntimo lá.
Tremo ao pensar no teu longe
No teu tão, tão distante;
Pontuo o verso pra demorar
Chegar ao fim..
Tremo ao perceber-te
Volátil e não minha
Temo ao pensar que tremo
Ao pensar em ti sem mim.
Pontuo o verso,
Então respiro pra tremer calidamente
É, tremo assim quando estou só,
Calidamente tremo..
Já tremeste assim?
Ou d’algum outro modo?
Fóbico insano e só
Tremo
Descompasso de espera
Desconcerto de náusea
Que tua falta faz
É,
To enjoado de sentir tua falta.
Pontuo o verso,
Na esperança vã
De encontrar um verso
Mágico santo fatal..
Que te faça olhar em volta,
Ao redor,
To por aí
Dando voltas,
Ao redor..
________ Miramontes,
Se dependesse de mim raptar-te-ia
Ainda hoje
Cativeiro no ermo
Castelo de fada
Torre de Rapunzel
Se por minha vontade se movesse o mundo
Só eu te acharia
Cedo ou tarde
Todas as horas
No mesmo lugar
Em mim
Morada e abrigo
Mas não depende de mim
De ti depende
Dependo
Até quase rimo
Pra chamar teus olhos
Pra olhar pra mim
Repetitivo e chato
Ensaiando versos
Que a ti nada dizem
E se dizem
Bem disfarças
Pra me ter sofrendo
Arriscando o mesmo verso
Sem pontos
Nem vírgulas
Sem exclamações
Nem reticências
Sem rima
Nem modos
Se dependesse de mim raptar-te-ia
Ainda hoje
Cativeiro no ermo
Castelo de fada
Torre de Rapunzel
Se por minha vontade se movesse o mundo
Só eu te acharia
Cedo ou tarde
Todas as horas
No mesmo lugar
Em mim
Morada e abrigo
Mas não depende de mim
De ti depende
Dependo
Até quase rimo
Pra chamar teus olhos
Pra olhar pra mim
Repetitivo e chato
Ensaiando versos
Que a ti nada dizem
E se dizem
Bem disfarças
Pra me ter sofrendo
Arriscando o mesmo verso
Sem pontos
Nem vírgulas
Sem exclamações
Nem reticências
Sem rima
Nem modos
__________ Magno Aquino Miramontes
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Se dependesse de mim raptar-te-ia
Ainda hoje
Cativeiro no ermo
Castelo de fada
Torre de Rapunzel
Se por minha vontade se movesse o mundo
Só eu te acharia
Cedo ou tarde
Todas as horas
No mesmo lugar
Em mim
Morada e abrigo
Mas não depende de mim
De ti depende
Dependo
Até quase rimo
Pra chamar teus olhos
Pra olhar pra mim
Repetitivo e chato
Ensaiando versos
Que a ti nada dizem
E se dizem
Bem disfarças
Pra me ter sofrendo
Arriscando o mesmo verso
Sem pontos
Nem vírgulas
Sem exclamações
Nem reticências
Sem rima
Nem modos
__________ Magno Aquino Miramontes
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Deixe assim a sua boca
Sem palavras
Poupe-a
Deixe assim
Pra que eu possa vê-la
Muda
Linda
Mesmo não minha
Filme de Almodóvar.
Estendo a mão
Toco a tela
Toco a pele
Roço com o dedo o lábio seu
E a minha mão estremece
Tonta e só.
Deixe assim a sua boca
Sem palavras
Muda
Linda
Mesmo não minha
Roço meus sonhos nos seus
Emaranho seus pelos
Deliro seus olhos
Quase sinto seu cheiro
Quase falo bobagem
Quase ouço seu passo
Descompasso
Viro pro canto
Durmo só
Mal durmo.
_________________ Magno Aquino Miramontes
Gastaria tantas horas
E letras
Pra dizer te amo
Que faliria o tempo
Deixaria o alfabeto mais liso que pé de santo.
Se não bastasse tão vasto léxico
Apelaria pro tupi latim até fenício até Braille
Braille em ti
Sem mesmice nem cheiro de ontem
Endoideceria versos.
Caducariam suas rimas já loucas. As rimas.
Pra tentar no termo e tempo exato
Quando me olhasse de soslaio ameaçante
Ameaçando. Amassando? Ameaça dor.
Pra só então disparar à queima-roupa
Te amo
Mais muito mais
Mais que demais da conta.
E aguardaria teu tombar ao chão
Em mim por mim pra mim
Rendendo-se sem sofismas
Nessa não tão quente noite.
Meus pelos eriçados te saúdam.
Magno Aquino Miramontes