Só consigo sonhar,
No dia que voltas a chegar,
Noites frias de sono pouco,
És meu sem ser,
Ou talvez seja eu
Quem não te sabe ter.
Fugiste numa corrida,
Corrida sem tempo,
Com tanto tempo.
Partiste-me em mil,
Mas sempre fico inteira,
Teu amor não é real,
Em meus braços não te desejas.
Dormi sem senhor,
Senhor que não avistei,
És senhor soberano.
Areia que me sustenta,
Chuva que me alimenta,
Vento que me agasalha.
Praia deserta dormi,
O mar ausente,
Meu corpo carente,
É tudo indiferente.
Somos como palha,
Incendeias facilmente,
Numa amizade,
Que não sei se quero presente,
Magoas minha alma,
Sem doce e sem calma...
Não me sufoques,
Apanhei grande tempestade,
Sem mar, sem lua, sem estrelas,
Não sei por onde me guiar…
lua
Data de publicação:
Domingo, 21 Setembro, 2008 - 17:48
- Blog de lua sem mar
- Login ou registre-se para postar comentários
Comentários
Tanta dor!
Lua sem mar, será assim como registas em poesia? Tanto que sentes e não sentes. A amizade é obra mais ampla do que o próprio amor. Deixa-me que te fala deste jeito. Sinto isso na alma. Sabes que podes amar muito um coração, o tempo pode-te ir dizendo que não é o caminho certo, então, deves seguir os trilhos da vida e orientares-te pela luz de um novo guerreiro, o guerreiro da amizade...quem sabe ele te mostra de novo um dia a luz que não entendeste, a luz de uma amor que muito de ti exigia e não estavas preparada.
O amor é uma prova que vamos sempre aperfeiçoando, isto é, podemos alimenta-la a todo o momento, no entanto, se o alimentamos de forma incorrecta, como estamos plenos de tanta liberdade, corremos demasiadamente o risco de nos perturbarmos na cumplicidade e simplicidade do mesmo.
Lua sem mar, tenta perceber onde te encontras e onde te sesencontras com essa alma que desejas. Faz poe entende-la fazendo com que ela te entende e te viva...
Boa sorte para ambos nessa caminhada de tempos incertos e apaixonantes...
Letanitopic
Letanitopic
deusaii P/Lua sem mar
que bela poesia.... quando nos perdemos de nós, dói muito.
Meu voto e minha admiração.