Ai, vontade de gritar-te ao ouvido!
Fazer-te entender
que sempre fui mais que um vestido!
Quinhão de mentiras que afinal herdei...
Carrego agora as palavras escritas,
as cantadas
e as ditas...
Dias de espera,
horas de avanços,
momentos que já não se repetem
e à conta me remetem
ao que de mais insano há em mim!
E de ti,
o golpe final...
Não tinha memória de façanha igual!
Imprudente...
Julgas-me cega?!
Nega, insolente!
Nega!!!
Mas não procures depois a paz,
que essa levo-a comigo.
Deixo-te as promessas,
os sonhos e as pressas.
Não passavam de poesia afinal!
Tão doce,
quanto fria.
Assim é,
a alma que carregas...
Ou também negas?