Blog de killas

A vida deve ser amada,
E não a tentar compreender,
Funciona como uma paixão,
Que toda a gente tem de ter.

Amar a vida,
É a melhor forma de viver,
Gozarmos o que pudermos,
Para nada vir a perder.

Deve-se amar a vida,
Com todas as forças,
Que houver no coração,

A nossa segunda paixão,
Do nosso fraco coração,
Deves ser sempre tu, ó vida.

A vida é uma eterna busca,
Pelo comboio da felicidade,
Mas este descarrilou,
Antes de chegar à cidade.

Por vezes passa, mas não pára,
Passa na ponta dos dedos,
Vemo-lo sempre a passar,
E aos seus incontáveis segredos.

Quando para é por pouco tempo,
Acha que está fora do seu elemento,
Trata logo de se ir embora,

Para tudo à uma hora,
Até para ser feliz,
Neste mundo do diz que diz.

Jaz morto no meio do chão,
E eu com o vil pensamento,
Antes ser ele do que eu,
Pensei eu por um momento.

Mas a morte chegou,
E para sempre o liberou,
De viver esta vida,
A felicidade encontrou.

Vai deixar saudade,
Na sua cara-metade,
Que para sempre o perdeu,

Preferia assim ir eu,
Que não tenho ninguém,
Por quem esperar no além.

Com um só olhar dos teus,
No mais profundo dos olhos,
E eu caio ao chão,
No mais puro dos sonhos.

O mais puro sonho de amor,
Em que me sinto feliz,
Só por olhar para ti,
E ver o que lá diz.

Ainda pode haver sonhos bonitos,
Que se sonham acordado,
Na mais quieta acalmia,

Parece uma sinfonia,
Do amor ao seu amado,
Onde há vários sentidos.

Já deixou de ser saudade,
Já não sei mais que sentir,
Não quero esta liberdade,
Só me apetece é fugir.

Não vejo a minha luz,
A minha grande inspiração,
Já nada mais seduz,
Este triste e seco coração.

Perdido nos mares do norte,
Para nunca mais o encontrar,
À espera de muito melhor sorte,
O meu coração vai ficar.

Muitos enganos me assombram,
No lado sombrio da alma,
Querem aquilo que exploram,
Levam-me a minha chama.

O que eu mais quero,
E apenas mais uma vez te ver,
Não importa eu estar à espera,
E estar para sempre a sofrer.

Eu sei que parece confusão,
Mas já não sei mais que esperar,
Se não é mais do que ilusão,
Aquilo que eu julgo vislumbrar.

Tristes dos meus sentimentos,
Que andam sempre a vaguear,
Em longos e amargos momentos,
Até ao fim podem chegar.

Só quero ver-te de novo,
Sentir de novo o amar,
Não quero ser como o polvo,
E andar sempre a navegar.

Hoje Acordei inquieto,
Porque de noite sonhei,
Com uma linda rapariga,
Quando por azar acordei.

Pensei durante o dia,
E de noite tornei a sonhar,
Vi naquela rapariga,
A próxima que ia mar.

Mas onde a encontrar,
Se não no mundo dos sonhos,
Já estou a imagina-la,
E aos seus lindos olhos.

Quando por sorte na rua,
A encontrei a passear,
Expressei-lhe o meu amor,
E ela veio-me amar.

Mas a beleza que era,
No sonho era bem mais,
Tinha modos bem diferentes,
Eram bem mais naturais.

Assim fui de sonho em sonho,
Neste triste imaginar,
Mas nunca outro encontrei,
Que eu pudesse desejar.

As tuas níveas mãos são uma tentação,
Que me fazem correr para os teus braços,
Vivo eternamente feliz nesta pura ilusão,
Vivo a minha vida pelos teus olhos molhados.

Que a luz do mundo para sempre te ilumine,
Te transporte sempre nas asas de um anjo,
Que eu nunca seja o que te reprime,
A tua felicidade é sempre o meu desejo.

Eu não deixo de adorar a vida,
Só por andar perdido em ti,
A vida nunca nos é dada,
Então para que serve ser senhor de si.

Perdido ando na eterna saudade,
E ainda agora te deixei,
Eu só quero conseguir-te mostrar,
Que eu por ti morrerei.

A minha vida te dou numa bandeja,
É por ti que eu continuo a viver,
Que o meu retorno sempre seja,
Eu nunca na vida te perder.

Sentado à noite,
Numa cadeira estofada,
A ler um romance,
A ver a minha amada.

Sinto-me personagem,
Desta história de enredos,
À procura de amor,
À procura dos medos.

Primeiro surge uma luz,
Depois já se vê um esboço,
Logo a seguir se repara,
No seu lindo pescoço.

Depois vêm os medos,
Que tem de se combater,
Percorrem-me calafrios,
Numa ânsia de te ter.

Agora triste de mim fico,
De o ver acabar,
Tento-te esquecer,
Só te consigo amar.

Assim de romance em romance,
Se me enche o coração,
Está cheio de lágrimas,
Da minha intensa paixão.

Mas um dia hei-de acabar,
Conhecendo muitas amadas,
Dilacera-me o coração,
De as saber afastadas.

Triste de mim em vida,
Triste no meu morrer,
Vou para a última viagem,
Sem ter quem me entender.

Assim deixo estes versos,
Colados no coração,
De momentos dispersos,
Que vão no fundo do caixão.

Estou longe do mundo,
Estou longe do amor,
Estou perto da morte,
Estou perto da dor.

Fui longe viver,
Afastei-me do real,
Para numa gruta morrer,
A pensar em todo mal.

Mas não fiquei sozinho,
Nesta fase da vida,
A mim se juntou alguém,
Que se julgava perdida.

Fomo-nos conhecendo,
Fomo-nos explorando,
Numa gruta profunda,
Vemo-nos imaginando.

Só daí poderia vir,
Um sentimento profundo,
Um amor eloquente,
Que nos faz lembrar o mundo.

Fomos morrendo,
Mas morremos amando,
Até que o primeiro,
Do céu está chamando.

Eu sei que vou amar,
E por ti deixar de respirar,
Tenta não me magoar,
Para eu poder continuar,
A a vida agarrar,
Sem mais nada precisar,
Do que o teu simples amar,
Ou apenas um breve olhar.

Eu sei que vou chorar,
E por ti lágrimas largar,
Mas vou ter de esperar,
Um dia pelo teu olhar,
E a ti e à vida mostrar,
Que sou capaz de amar,
Em vão tentar respirar,
Pois estou a perder o ar.

Eu sei que vou orar,
E por ti sempre rezar,
Para feliz te ver andar,
Na rua a passear,
Sem para este lado olhar,
Sem em mim conseguir reparar,
Sem em sinal de reconhecimento me chamar.

Eu sei que vou sonhar,
Por continuar a acreditar,
Que um dia vai chegar,
Em que te ouvirei chamar,
Em que te poderei amar,
E sempre feliz eu ficar,
Sem nunca me cansar de te abraçar.