Blog de Izaura N. Soares

Foto de Izaura N. Soares

Nas Águas do Destino (SONETO)

Nas Águas do Destino
Izaura N. Soares

Dos sonhos que um dia, eu sonhei no passado,
Foi só aquele bem sonhado no verão,
Enquanto o sol brilhava em meu coração,
As ondas do mar dançavam a nado.

Ouvia-se o som no alto mar ondulado,
A navegar se, sobre as ondas do amor,
O grito que gritava sobre um clamor,
Era o mesmo som suave e apaixonado.

O amor navegava se, em luz do luar,
Entre os sonhos do verão que se passou,
Que buscava se, esse amor em beira-mar.

Um breve instante de desejo atuou,
Permitiu a paixão nas águas serenar...
E o encanto do destino; serenou!

06/10/2011

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O Sentido Aflorado

O Sentido Aflorado
Izaura N. Soares

Absorvo o meu próprio respirar...
Sinto o meu corpo no cio
Envolvo-me na fragrância do luar,
Enquanto na noite; o desejo, o arrepio.

Extenso brilho sobre o mar
Clarão no céu de luzes a reluzir
Circula uma estrela a brilhar,
No anoitecer; do amor a seguir.

Aflora o sentido de o meu ouvir,
Faz bater forte o coração
E no céu, a voz a sacudir
O meu amor com emoção.

Tudo agora faz sentido... Eu posso sentir
A sensualidade do meu corpo em brasa,
Mesmo sem ti eu vivo a sorrir
Como um pássaro a bater asa.

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Brancas Nuvens

Brancas Nuvens
Izaura N. Soares

Neves brancas, inverno seco sem ar,
Gélido tempo, com flores mórbidas,
Folhas secas levadas pelo vento
Encontram-se uma alma a vagar.

É o silencio na madrugada que aquece
Entre a lareira acesa no inverno constante
Por entre as faíscas de luzes adormece
Um corpo nu, com o coração palpitante!

É no frio que o calor se sente
As almas tristes sem destino;
Vem! Adormece nos meus braços quentes
Donde o embalo suave canta como um hino.

Tão longe as nuvens brancas se passam
Por entre o ar carregado de sonhos
Cinge o tapete de folhas e de flores
Abra o coração, despeça dos sonhos tristonhos.

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O sussurro de um talvez

O sussurro de um talvez
Izaura N. Soares

Talvez um dia eu pense em voltar...
Quem sabe num suspiro silencioso
De um grito abafado em que
Os meus ouvidos não ouçam sussurrar.
Na luta passageira, talvez eu seqüestre o
Teu sonho só para ter você perto de mim.
No agito que emudeceu minha voz
Rosas em pétalas agitam se, e sobre
O meu corpo, o desejo do teu.
Sempre o talvez incomode, perturba,
Por não ter a certeza do nada.
Só de uma coisa, de sentir o meu corpo
Esquentar quando imagino o roçar
Da sua pele no meu pequenino corpo
Fazendo me, balançar.
Um dia, talvez, esse silêncio se transforme
Numa cantoria donde os pássaros assobiam
As mais variadas melodias.
Quem sabe esse talvez, nunca deva existir.
Então... Se o amor é o cântico da vida...
Por que se negar o amor, se ele
É a força que tens em teu caminhar?
Se o sorriso é a brisa que envolve
O brilho de um olhar... Do teu olhar,
O coração também é a estação
Por onde o amor pode chegar!

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Uma Borboleta Tristonha (Mini Conto)

Uma Borboleta Tristonha ( Mini conto)
Izaura N. Soares

Hoje, em um dia sereno e ensolarado, resolvi pescar.
Peguei minha varinha de pescar, arrumei as iscas num recipiente e partir para um lugar calmo onde pudesse pescar os meus peixinhos.
Encontrei um rio num lugar lindo e maravilhoso, era um lugar encantador donde os pássaros cantavam e desejavam boas vindas.

Sentei-me na beira do rio e lancei o meu anzol fiquei a espera de pegar nem que seja um peixinho mesmo que depois eu fosse soltá-lo. Fiquei horas esperando num silencio total. Até os pássaros também fizeram silencio silenciando suas cantorias. De repente percebi que a varinha balançava em minhas mãos, e sentir um peso enorme, disse pra mim mesmo, ufa! Deve ser um peixão, pois a vara envergava a tal ponto de eu não mais agüentar. Mas com calma eu consegui puxar para fora.

Qual não foi minha surpresa, não era um peixinho, não era um peixão, era apenas uma pequena borboleta que havia caído no chão e rolado para o rio. Minha surpresa aumentou, como pode uma pequena borboleta ficar tão pesada ao ponto de eu não agüentar puxar a vara. Não sei como aquela borboleta agüentara ficar na água e ainda com dificuldade ela se mexia. Minha curiosidade aguçava ainda mais, me aproximei do pequeno ser e indaguei-me.

– Hei borboleta, como pode você, tão pequenina pesar tanto quase a me derrubar?
- A borboleta tão cansadinha de tanto se debater contra a água me respondeu com ar de tristeza. - A minha tristeza é o peso que eu carrego nas costas por ver os meus jardins se definhando e eu sem nenhum lugar para pousar.
A minha solidão é tamanha que não encontro mais os amigos que antes viviam a me cortejar. Cortejavam-me devido a minha beleza, as minhas cores variadas.
Lágrimas, não existem mais, pois as deixei tudo no fundo do rio.

Fiquei ouvindo e assistindo a luta daquela pequena borboleta para sobreviver. Pensei, quantas vezes deparamos com problemas tão simples e fazemos deles um campo de batalha achando que somos os únicos a passarem por isso! Então, resolvi ajudar a borboletinha, peguei a em minhas mãos, aqueci a com o calor dos meus dedos coloquei a de pé novamente. Que alegria eu senti, vendo a bater as asas livre rumo à liberdade!

Continuei sentada na beira do rio sem nenhuma vontade de continuar a pescar. O lugar era tão lindo, as árvores eram imensas, as flores eram belíssimas, mas a tristeza da pequena borboleta era tão grande que ela não conseguia enxergar a beleza daquele lugar. Mas algo me incomodava, as lembranças me castigavam. Lembravam de pequenos momentos, pequenas alegrias que não dava nenhuma importância.

Hoje, vendo um pequenino ser lutando pela vida, lutando para sobreviver é que percebo que não precisamos de muito para ser feliz.
Basta apenas um amor correspondido, um sorriso espontâneo até mesmo de alguém desconhecido.

Para um pequeno e frágil ser como uma borboleta, voar é necessário, ser feliz é preciso... Pois a borboleta com toda a sua fragilidade é o símbolo da verdadeira liberdade!
Que pena que ela não sabe da grandeza do seu voo e muito menos da beleza das suas cores que ofusca o olhar de quem a vê.

04/06/2011

Respeitar os direitos autorais de um poeta é respeitar a si mesmo!

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Um caso para se pensar

Um caso para se pensar
Izaura N. Soares

Quer se divorciar da solidão?
Então... Divorcia-se da solidão
Para tudo se dar um jeito,
No cartorio da esperança
Há sempre uma promoção.
Quem encontrar o amor primeiro
Diga adeus à solidão!

Foto de Izaura N. Soares

É assim que eu te vejo...

É assim que eu te vejo...
Izaura N. Soares

Guardo a lembrança do teu amor
na minha mente.
Guardo a esperança como a única porta
a se abrir quando me lembro de você.
Passamos por tantas coisas, mas nenhuma
delas, boas ou ruins nos tirou
o brilho do nosso sorriso.
Deixei bem claro que o meu sorriso só brilha
quando te vejo sorrir.
Por mais difícil que seja te ver tão longe...
... Ainda prefiro lembrar-se de você sorrindo!
Quantas vezes os meus dias foram tão vazios
sem você perto de mim.
Minhas noites eram tão escuras, tão longas,
intermináveis, nem os meus sonhos foram
tão longos como a noite que passei sem ti!
Sabe amor, ainda vejo o reflexo dos seus gestos
fazendo-me graça, me atiçando...
Ah, como a saudade é perversa!
Sinto os teus olhos passeando pelo meu corpo
e parando sempre no meu olhar.
Sinto o meu corpo se queimando de desejos
e minha boca ansiosa pelos os seus beijos.
Se você não sabe amor, então eu vou lhe dizer
é assim que eu te vejo...
fazendo caminhada no meu corpo
deixando pegadas, fazendo trilhas
e saciando o meu desejo.

Foto de Izaura N. Soares

Fragmentos da Saudade

Fragmentos da saudade
Izaura N. Soares

Eu, só de pensar sinto-me tão nostálgica
Sinto a nostalgia se apossando de mim!
Não é de todo mal sentir saudades,
Mas é cruel não pensar no bem,
Que ela nos faz, quando a sentimos!
Mais cruel ainda é deixar de pensar
E de nunca ter sentido nada!
É como raios que se passam
Anuviando nossa mente e nosso coração!
É o nome mais doce que bebemos
É o sentimento mais sublime que sentimos
É a doce vida que suspira
Quando lembramos em especial de alguém!
É tão suave a sensação
De sentir-me tão protegida, perto de ti
Uma visão da vida, um frescor do amor
Que delira sobre meu peito!
Palpita o meu coração
Embalado de sensações ainda procuro por ti
E os meus olhos derramando em lágrimas
Sente a falta do teu olhar!
Refugio-me na ilusão do meu silencio
Só quando o amor sente...
Que a saudade não tem mais fim!
Meu coração vive sempre chorando
Precisando do teu olhar e do teu carinho!

Foto de Izaura N. Soares

Só Me Resta Dizer Sim...

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