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O vento quase que tudo levou
E me pergunto porque não eu
Serei restos que para trás deixou
O castigo que a sorte me deu
Choro lágrimas de medo
Lavadas pelo sol doente
Quero morrer no meu cedo
Que sem amor não sou gente
E porque vejo o mundo acabar
Enquanto ergo as minhas ruínas
Num grito que me faz matar
Pelos cortes das minhas sinas
O destino tem sido cão raivoso
Rosnando ao pisar dos meus passos
Nas rugas de um tempo manhoso
Com peso de dor nos meus braços