Blog de Gideon

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Morena linda do mar

Morena linda, morena brejeira
caminha na praia com jeito, sem jeito
o verde do mar lhe serve de espelho
as ondas se esmeram prá refletir os seus seios.

Linda morena que rouba o meu olhar
disfarçado me faço, com os olhos a laço
a vastidão do mar socorre o meu lapso
meu desejo não se contém, um poema faço.

Morena do mar, cabelos ao ar
passos gingados na cadência do mar
doce requebrado na indecência do olhar
de novo disfarço-me na vastidão do mar.

Morena, morena, linda do mar
quisera eu roubar uma gota somente
de seu sorriso saliente, nesta manhã quente
quiçá este poema não viesse me ocupar
perdido estaria em seu azul olhar.

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Um delírio

Ampliei a sua foto
Remexi cada cantinho de seu rosto
Enfiei-me pelos seus olhos redondos
Atirei-me em sua boca indecente.

Atraquei em seu pescoço...

Mordisquei nervoso suas orelhas
Queria o seu amor, o seu som
Busquei a sua respiração
Atravessei a sua pele e lá fiquei.

Ampliei o seu olhar com o fotoshop
Virei a cabeça prá melhor te observar
Balancei seu rosto prá seus cabelhos voarem
Agarrei os seus lábios, deliciei-me.

Busquei na mente resíduos de você...

Recitei poesias batidas, prá ti já oferecidas
Fiz declarações absurdas de amor impossível
Imaginei ter você, em toda a vida.

Desliguei o virtual...
Chega, apaguei você...
Sacudi o rosto e pela sala andei...
Esfreguei a cara com sabão
Prá calar o delírio da paíxão...

Não sei, não sei e não sei...

Ainda bem que vou prá longe
Lá de cima vou arremessar
Esse sentimento torturante
Prá um felizardo, coitado,
Cá em baixo encontrar.

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Frio, chocolate e saudade

A saudade esfria o meu coração
triste como é o sabor da solidão.
Como é amarga a saudade de você
que faz o meu coração gelado tremer.

Meus pés congelaram ontem,
zero grau subiu ao coração já frio,
meus olhos tinham preguiça de chorar.

As luvas pretas de algodão
tentavam barrar, em vão, as correntes geladas
que irrompiam nas minhas mãos.

Graças ao bom Deus congelar não permitiu
pois, para aquecer, eu esfregava
os meus pensamentos aos seus.

Logo estarei no fim da barra de chocolate
aí quero deixar o gostinho amargo bem guardado
prá beijar os seus doces lábios melados
e esquentar de vêz o meu coração gelado.

Quisera poder mexer no tempo
e fazer uma máquina de nuvens quentes
prá levar-me até você.
Tentarei hoje à noite
quando os meus olhos em sono profundo cerrarem-se.

Ah, mas não é assim, os devaneios da madrugada
não seguem as ordens de nosso coração
por mais vontade e saudades
que tenhamos de nosso amor.

Mas eu descobri um jeito de ficar perto de ti
por mais longe que estejas, farei poesias brancas,
coloridas, altas, baixas, cheias, vazias, alegres e tristes...

Os versos da poesia acariciam a minh'alma
como se as suas suaves mãos
cá estivessem ninando o meu coração.

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Hotel de solidão

A noite cinzenta no hotel de solidão
A foz do Iguaçu que não ecoa na escuridão
O frio do Sul que sufoca o meu coração
Os pés trepados um no outro, protegidos, no chão.

O filho no MSN pedindo explicação
A sobrinha adolescente exigindo uma benção
Uma amiga solitária pedindo atenção
E o meu coração, esse, bem, sofrendo de solidão.

Ao fundo um smooth jazz tocando uma bela canção
Que me faz murchar de saudades do meu violão.
A distância de casa, dos filhos, amor, amigos e do cão,
Quero voltar correndo pro meu Rio, pisar no meu chão.

Escrevo sempre que estou triste
Melhor isso que ficar remexendo na cama.
Há tempo não sei como sorrir.
O afago de um beijo e o aperto de mão.
O som de meu sax, flauta, violino, latido de meu cão.

A saudade veio escondida na bagagem, no avião
Intrometeu-se no 206, em baixo de meu colchão
Ainda bem que não trouxe a sua irmã, a decepção.
Dias desses a vi escondida, telefone na mão.

Deixa estar, se desconfiar que chama a sua irmã
A despacho de volta pro Rio, sem compaixão.
Também vou, claro, em outro vôo, correndo pro meu violão.
Não quero a companhia da Decepção.
Em Foz do Iguaçu, não.

O som das águas que abundam por aqui
Não chegaram ainda ao meu coração.
Ledo engano, pois dissera a uma amiga
Que, cá, tocaria meu violino, na escuridão.

Olhando pro manancial de águas turvas
Misturaria os sons vindos da imensidão
Com a minha débil música, sofrida.
Pois bem, não vieram o sax, o violino e nem o violão.

E cá estou eu, MSN, estudando com meu filho
Que insiste não precisar do Inglês.
E nada de música, som, alegria e criação.
Sobra-me, somente, a melancolia
Nesse hotel de solidão.

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O Trem da minha sina

O sentido da vida
jamais poderemos saber,
os dias corridos e apressados
jamais poderemos reter.

Observo os outros, próximos,
que ao meu lado movem-se
pelo instinto do viver.
Vão e vêm sem perceberem
que uma sina oculta
cumprem sem merecerem.

Eu também da minha sina
não consigo fugir,
de tudo fiz, de tudo aprendi.
Faculdade de gente rica,
como diziam lá na vila,
profissão de família boa,
que não se consegue à toa.

Pois bem, por mais que tentasse
e tudo fizesse ao meu alcance,
cá estou em pé no trem parador
seguindo obediente pro meu labor.

A trilha do ruído dos trilhos
remete-me às histórias de meu pai,
que cumprindo por si também a sua sina
nos mesmos trens paradores e diretos
apertado e inconformado subia e descia.

Não, não entrego os pontos assim facilmente,
da bolsa de couro macio
saco a caneta e o caderno, paciente.
Anoto as expressões dos pobres coitados
e transformo-os em atores,
essa gente de recursos tão parcos.

Pelo vagão procuro feições tristes
prá rechear os meus tristes escritos,
mas sorrisos ingênuos e olhares candentes
surpreende a minh’alma de poeta reticente.

Volto-me para a minha própria condição,
passageiro desta tão pobre e nobre condução.
Na chupeta pendente agarro a minha mão,
pro balanço do trem não jogar-me na solidão.

Por de trás de meus óculos, disfarçado,
observo Maria de cabelos ondulados
e tosca roupa na moda dos rebolados.
Mastiga um chiclete já meio deformado.

Ela serve, quem sabe,
prá ser a minha heroína dum conto qualquer,
que insisto escondido ali existir,
e naquele cenário tão pobre
tento ainda alguma arte produzir.

Com uma das mãos sustento o caderno
com a outra a caneta retiro do terno.
Próximo à porta apoio as minhas costas.
As histórias de Maria
vou tentando dar forma
com letras tortas.

A sina da vida sofrida de Maria
insisto incluir no meu conto,
mas ela é bonita demais
e distraio-me com o seu encanto.

Um lugar prá Maria, enfim,
não encontro no meu conto.
Contudo logo percebo,
que o personagem que descrevo
sou eu mesmo,
que do trem da Central do Brasil
ainda é prisioneiro.

A sina da vida, insisto,
ainda quero incluir no meu conto.
Mas não é a realidade que de fato vivo?
Pergunto-me com desencanto.

O sofrimento do enredo
que sobrepõe a minha inspiração
vai desfazendo daquele conto
que não consigo continuação.

A minha sina parece que segue
no trem da minha vida
e cá estou de caderno fechado,
caneta no bolso borrado,
observando Maria que com charme
o chiclete ainda mastiga.

O balanço desse sofrimento
atormenta o meu coração
que é solitário de paixão,
Maria, quem me dera,
que prá ter o seu olhar tudo faria
mesmo que fosse por compaixão!

Na estação da Central
o meu sofrimento fita o chão.
O olhar de Maria se foi na multidão.
Meu caderno de escritos agora
descansa triste na minha mão.
Ainda ouço, ao longe, com emoção
o clamor da última pregação.

Anúncios saindo dos alto-falantes da estação
ecoam agora inundando o saguão.
Eu caminho apressado
esbarrando nos braços
de tantas marias
e em tantas mãos.

O poeta desce pro Metrô, frustrado,
e na escada rolante, agarrado.
desvia-se dos braços de esmola, esticados,
pendendo o seu corpo pro lado.

O conto sobre Maria
e o trem dos amontoados
ficarão prá outra viagem.
Quem sabe um dia sem esperar
a inspiração virá
e outras marias com outros penteados
serão heroínas do poeta,
que segue a sua sina
no trem dos desafortunados.

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Saudades do meu saxofone

Há dias não sinto o sabor de sua língua
Não sinto o atrito de seus dedos
Não sinto o peso de seu corpo.
Deixei-te quieto no canto de meu quarto.
Estojo meio empoeirado, pendente pro lado.

Partituras largadas e desarrumadas
Na estante recostada na parede
O som ainda ligado querendo recomeçar
Um play-back que deixei por terminar.

Sinto falta das escalas tossidas prá te desengasgar
Antes dos desafios das lições de sábado pela manhã.
Preso ao minúsculo quarto desse triste hotel
Sinto-me triste por não te tocar.

Não sei por quanto tempo vou suportar
A solidão dos meus sons, devaneios e elucubrações.
O semblante do Tom Jobim no song-book anotado
Pertuba-me, vez outra, em sonhos tumultuados
Da alma perdida sem saber pro meu Rio voltar.

Dias desses tentei solfejar uma bossa
Prá tentar quebrar o jejum musical.
Não fui longe, pois logo uma lágrima atrevida
Veio pingar justamente no dorso da mão
Que eu usava para marcar o compasso da canção.

Desisti meio sem jeito
e sem rumo fui-me deitar-me.

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O doutor, o carroceiro e a joça (conto)

-Bela paisagem, Zé…
-É sim doutor
-A gente até esquece que é da cidade…
-Pois é, doutor
-Zé, você nasceu aqui mesmo?
-Sim, doutor

-É Zé, eu sou da cidade grande, vida agitada…
-Hum… Cidade grande…
-A gente cresce no meio dos carros, dos prédios, do lixo, até esquece que existe isso aqui, bem perto…
-É, doutor…

-Tá balançando muito aí, doutor?
-Um pouco, mas dá pra levar. É tudo muito gostoso, a natureza, essa carroça…
-Pois é Zé, eu vou trabalhar… Ainda bem que é aqui.. nesse paraíso…
Dá prazer vir ver as pessoas doentes aqui… Elas parecem conformadas com a sina…
Na cidade, Zé, as pessoas brigam com a gente dentro do consultório…
-É mesmo, doutor?
Brigam assim, por nada?
-Mais ou menos. Reclamam que a gente faz a receita sem mesmo olhar para eles…
Às vezes querem que a gente atenda aos conhecidos usando o seu plano de saúde, enfim…

-Belo pássaro aquele, Zé…
-Cambaxirra, doutor…
-Cam-ba-xir-ra.. Nome estranho e diferente. De onde deve ter surgido esse nome?
-Sei não, doutor, sei que é Cambaxirra desde que eu era menino…
-Bela égua, a sua, Zé…
-É Betinha, doutor. Ganhei ela quando inda era potra. Antunes da Bigorna me deu… Era dívida de uns carretos de pai que ele devia….
-E você a criou assim tão bela…
-Foi nosso Senhor, doutor, eu apenas dei sal grosso com capim… Ela ficou bonita pela natureza mesmo…

* * *

-Deixa ver Zé, quem sabe ela levanta agora!
Êpa, levanta eguinha, vamos lá…
-“Dianta” não, doutor, acho que ela bateu as botas…
O senhor é doutor, poderia ouvir o coraçãozinho dela…
-Deixa ver, Zé, vou botar o ouvido aqui, perto do coração…
-Não doutor, ponha aquela joça, que fica pendurada aí na orelha…
-Ah, sim, o estetoscópio! Não Zé, acho que não adianta no corpo de uma égua…
-Mas doutor, ela não tem coração?
-Tem, Zé…
-Ela não respira?
-Sim, Zé, respira…
-Pois então, tasca essa joça logo no peito dela e ouve se ainda vive…
-Para quê Zé? Não tenho remédios aqui nem tempo para esperá-la melhorar…
-Não, doutor, é que se ela inda tiver viva, eu rezo para São Francisco de Assis e ela vive..
-Ah, sim, Zé. Você tem razão, vou ouvir o coração dela então…

Quem diria, eu, um médico aqui ouvindo o coração da égua com meu estetoscópio, nesse fim do mundo !!!

* * *

-Até a próxima, Zé.
-Té mais ver, Doutor e brigado pela Betinha!
-Se ela deitar, Zé, é só tascar a joça no peito dela e rezar para São Francisco de Assis.
-Tá bom Doutor, brigado pela joça.

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Anjos zombeteiros

Tantas coisas prá dizer, prá escrever, prá viver…
Meus sonhos e pedidos talvez irresponsáveis a Deus…
De que queria uma mulher especial, que na verdade eu nem sabia muito bem como seria…
Já que valia fantasia, como eu pensava, pedia tudo o que tinha direito…
Dizia eu nas minhas orações:
“Que ela seja linda, meiga, decidida, feminina, ousada,
Sem pudores, amante da arte de dar e receber prazer, feliz, lutadora,
Exigente, reivindicante do amor, sábia e apressada…
Empreendedora, corajosa, deliciosa, temente a Deus, jovem, fiel
Minha, minha e somente minha…
Que me ame, ame e ame muito…

Etc, etc e tal e por aí vai”

Bem, era fantasia, já que podia pedir, pedia a Deus despreocupadamente, como que para instigá-lo, talvez zombar do seu poder e bondade…
Irresponsável e sem fé, como sou, agi como aquele crente que pede chuva a Deus
mas nunca sai de guarda-chuvas…
Pois é, pedi tudo isso a Deus e não me preocupei em preparar-me para receber a benção..

De repente trovejou no horizonte, e lá veio a tempestade. Tentei fugir, correr, nadar..
Não teve jeito, Deus me enviou a chuvas de bênçãos. Me encharquei, quase me afoguei.
Fiquei sem dormir por três noites seguidas e ficaria por mais 50…

Como um animal selvagem quero cheirá-la, tocá-la, apertar o dedo nela para ver a textura da pele…
Mexer no seu narizinho, beliscar a bochecha. Pisar em seu pé para ouvir o seu “ai”, zombar dela para ver os seus vários tipos de sorrisos…

Enquanto estou cá ainda perplexo com a benção ela já fala em família, casamento.
Declara a sua paixão ardente e exigente de 18 horas.
Quer alianças, promessas e, como uma adolescente, ou melhor, uma mulher que sabe que sou dela, sem pestanejar exige a minha presença de qualquer jeito..

Vou procurar Deus para uma conversa séria.
Vou pedir explicações, mas com cuidado de não reclamar para ele não diminuir a benção… mas.. Meu Deus… podia me avisar heim.. me preparar melhor…

Já diziam os antigos: “Quem ri por último ri melhor!” e uma trinca de anjos devem estar às gargalhadas lá no céu ao ver meu desajeito com a benção…

Mas, não perdem por esperar… vou sair melhor que a encomenda… verão..
Vou amá-la muito, muito, muito mais tanto que ela terá dúvidas se ela será ela ou serei eu ela ou sei lá quem será quem..
Seremos um.. literalmente.. quero adquirir os seus trejeitos, os seus costumes.
Quero conhecer o índice de sua mente e me apressar em conferir seus pensamentos antes dela o fazer…
Quero que as minhas células se misturem às delas e os seus desejos sejam meus e os meus os dela...
Alementar-mer com a sua boca e pegar com as suas mãos, caminhar com os seus pés.. e dormir com seus olhos.. Enfim.. será uma confusão só que o próprio Amor vai chamar a paixão para uma urgente reunião e reivindicar a Deus a expansão de seus limites para nos atender…
Enfim… os anjos zombeteiros vão engolir o nosso amor

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Amor, Uma Mistura de Sentimentos

Firmei o compromisso de escrever sobre nós.
Deparei-me com tantas coisas boas para falar que assustei-me, mas insisti, pensei: hoje é o dia dos namorados,
Tenho de dizer o quanto sou feliz por tê-la.

Aí me vieram as palavras, somente palavras, como saltitantes na mente, meio que atropelando umas às outras: Felicidade, liberdade, não... liberdade não... ainda não...

Lembrei da voz doce e inocente... e então veio-me a palavra inocente... Não... inocente não... não mais, já fostes apresentada ao prazer...
Mas então me veio essa palavra... o prazer. Pois é, que prazer? Não houve o carnal, mas é prazer assim mesmo. Claro que é, ora, pois pois...

Tantas palavras... São tantas que brotam da mente meio que de frente para trás, de lado, trepadas umas nas outras. Torrentes, pois é, me veio a idéia de torrente., como foi e tem sido o nosso amor, atropelado, que nos faz amar, cantar, sorrir e chorar.
Tudo ao mesmo tempo.

Mas não seria isto mesmo o amor? Todos os tipos de sentimentos misturados?
Mistério... a vida é um permanente e profundo mistério, mas é gostoso amar . Tê-la todas as noites. A minha rotina já conta com a sua voz. Com o seu carinho... Com a sua aparente inocência.

Vontade ver você... De ter você... De estar com você... sei lá.
É tão grande que me faz delirar, às vezes... Tudo passa, o tempo, a idade, a beleza,
Mas as lembranças, essas quando carimbadas no coração justamente no lugar certo,
Jamais apagam... jamais passam.

A cada dia sinto meu coração arder com o impacto do carimbo de você nele.
O carimbo do seu amor, do seu jeito de ser... Tanto já fizemos nesta nossa agonia... Já cantamos, já choramos, já sorrimos, já lemos poesias, enfim... Já tudo... pois é...

A palavra tudo me veio à mente... Seria o nosso amor tudo? Por isto veio-me esta palavra, difícil de dizer e viver...

As músicas que me oferecestes... As fitas que colecionas com dizeres...
Citações de amor... Você é romântica.... Feliz e sonhadora...
Vou guardar no meu coração... Os seus sonhos... sempre...

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O Mar e o Seu olhar

Amanhã tenho trabalho,
Ufa! Que vida... Mas deixa estar...
Vou pela praia olhando o mar...

Quem sabe encontro lá o seu olhar,
Não no mar, mas olhando o mar,
E lembrando do seu olhar carinhoso.

Tomara sejas feliz
Pra poder me contar
Como é este troço de felicidade...

Respondi você,
Mas não esqueci do seu olhar
Entre as mechas de seu cabelo...

Li os seus olhos pelos seus dedos...
Vi a sua alma
E cheguei aos seus sonhos.

Mas o Mar lembra o seu olhar
Que vez outra respinga em minh'alma
Como querendo debochar
Do meu caminhar desatento

Olhando o Mar,
E pensando em seu olhar.
Que Mar...

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