Sentada numa pedra em frente ao mar
tragava nas pupilas suas ondas
e nelas já se via refletido
aquele vai e vem
sem fim
um som de marulhar no meu ouvido
E elas
as pupilas
perguntavam para onde e como foi que aquele amor
em quase peixe
até se transformara
ou se tornara
aquele tubarão que dava medo
porém em tudo parecia haver segredo
E antes que surgisse um pensamento a mais
a frase se compôs
silenciosa
como estivesse pronta há muito
muito tempo
Destroços não precisam ser achados
estão em nossa alma
ali
guardados