"Meias palavras"
Enquanto as palavras são repetidas
Em frases incompletas, soltas e perdidas
Eu tento compreender os teus intentos
E tu se inclina a ouvir o meu silêncio...
Sobre uma colcha de retalhos
De palavras adornadas,de "versos torcidos"
O vento anuncia uma sinfonia de falas
Que confortam os meus ouvidos...
Porém,o que dizer de "meias palavras"
Que foram ditas ou esboçadas
Que elas longe do íntimo olhar
Não conseguem penetrar a alma?
Quisera eu estar próximo dos teus olhos
Mas "tenho medo" das plavras em mim faltar
E se "meias palavras" não servem pra explicar
Que diras pois se só tiveres o meu olhar?
Enquanto "confundimos os sentimentos"
As palavras lançadas como folhas ao vento
Deixam rastros de várias respostas
Que nos teus olhos estão mais do que expostas...
O que fugura na essência de tais palavras
São apenas límpidas metáforas
Que transformam as verdades ditas
Em "meias palavras" reveladas e esquecidas...
Eugenio Serlam
Teresina/ janeiro de 2010