Issabelle, sempre flor
rosa palpitante,desiderata
as pétalas nos seus lábios
meu corpo perfumas,
minha alma hidratas
tu és flor melindrosa
em haste sublime, leve, formosa
este olhar enigmático,
embebido em terna mansuetude
criva-lhe n’alma
ensandecidos espinhos escarlates
qual nívea rosa dengosa
Issabelle,
por quê o mundo não para
para que eu possa juntar os fragmentos
de um cravo coração
mas quantos tu já não fulminastes,
a cada novo botão?
Quantas vezes tenho que arrancar-te
a sangrar as raízes d’alma
em meus jardins de Fausto
mas tu surges desnuda, corola altaneira,
uma e muitas noites
num que de Mefistófeles, ardorosa,
maviosa, sempre rosa
pétalas blindadas, de feitiços e magias,
quão suavemente engolfadas,
em nuvem rosicler,
de enleios & enlaces,
quão sinuosas
surgem em rompantes,
tuas ventanias
Issabelle, tão bella,
sempre flor
rosa palpitante, desiderata
as pétalas nos seus lábios
meu corpo perfumas, minha alma,
hidratas .
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