Saboreio meus despojos de guerra antes de os ter.
Palpitam os corações, tantos, qual escolher?
Sinto o sangue, quente, nas minhas mãos a escorrer...
E libertam o horror, a demência que queria não conhecer.
O prazer à tanto que não aparecia,
Bebo-o como um louco, como nunca antes.
Ele desce ao bloco que mantém vivo
E faz-me transbordar da bondade que à tanto queria.
Sentimentos? Não, sensações!
Racionalizadas, loucamente poderosas.
Sinto, sinto a hora a chegar finalmente.
O sabor do bafo escaldante das bocas que me esperam
E os corpos das bocas docemente chamativos,
Apavoram-se de paixão.
Comentários
Sentimentos? Não sensações!
De todos os poemas que já li, este é um poema á parte e diferente dos que eu já li até agora, me lembra um poema que escrevi há tempos atrás.
Tantas emoções que gritam e te mantêm preso, como numa doce hipnotização...
"Sentimentos, Não, sensações! Racionalizadas, loucamente poderosas. Sinto, sinto a hora a chegar finalmente."
A pintura que pintam suas palavras transbordam e me absorvam em seu pleno contéudo...
Parábens,
Marisa/Salome
Salomé