Batem à porta da minha mente
Ideias demasiado dúbias e senis
Que para nada mais servem se não tirar-me o sono.
Batem à porta.
Batem à porta constantemente
E cada baque na porta
Me tira pedaço de vida .
Caiu na escuridão ignóbil de minh’alma,
Aí contento-me com sentir,
Pois se sinto estou vivo.
Oh! Mas que fria é esta vida.
Cheia de desamor, sem nenhuma alegria.
Rogo pragas a quem meu fado cantou!
P’ra que seus lábios cerrem
E me deixem então na paz.
Olho à volta,
Olho de novo e sei estar sozinho.
Onde estará o meu abrigo?
Onde o procurar?
Olho p’ra cima e suplico,
Deixa-me acreditar!
Comentários
Para Daemon
Outro belo Poema transbordando de angústia sentida...
... Por vezes a solidão é tão intensa que não conseguimos encontrar o nosso doce abrigo mas se deixarmos o vazio essse dissipar, veremos que o abrigo se encontra bem ao nosso lado e nunca nos deixou...
Parabens!
Salomé
Salomé