Não deixou perder nenhuma gota de mel
Que jorrou do vulcão que entrou em atividade
No momento em que ouviu o som de sua voz.
Recebeu o gosto mais doce dos beijos
Da melhor flor daquele jardim perfumado.
Sentiu o aroma envolvente da dama da noite
Mesmo quando as trevas caíram sobre si.
Subiu o monte, cruzou o mar e se sentou
No arco-íris que a conduziu nua e linda
Para se juntar às deusas que no concerto
Do Universo, ao vê-la, se sentiram sozinhas.
Entramos em transe quando nos beijamos com volúpia,
Eu chupava sua língua, e você, revirando os olhos,
Me acariciava, pegava meu pênis e tudo em mim.
Segurando sua cabeça com uma das mãos
Com a outra mão eu percorria seu corpo
E meus dedos adentravam seus segredos.
Logo penetrei seu jardim perfumado
Que eu tanto desejei em meus sonhos mais delirantes.
Beijei suas axilas, chupei seus seios, minhas mãos
Incontidas bailavam em seus quadris.
Você se virou de costas para mim e eu te aceitei.
E por fim você sugou com sua boca doce
O líquido que jorrou de minhas entranhas.
Ao final, abraçados, senti seu perfume de mulher
Dizendo em seus ouvidos o quanto eu te amo.
Quando chego cansado de meu trabalho, encontro minha amada e sorrimos um para o outro. Pergunto como foi seu dia e ela me diz com sua voz que me estremece onde quer que eu esteja. A escuridão se abranda enquanto setenta mil véus entre minha amada e eu são removidos, deixando meu coração iluminado. Assim, eu descanso nos braços de minha amada que brilha como a felicidade e que é o meu destino.
Não basta às mulheres atingirem o poder político, econômico, cultural e em outras áreas reservadas historicamente aos homens, se elas mantiverem a mesma mentalidade do poder masculino que devastou o Universo em todas estas eras. O que tem que triunfar é o poder feminino. É ele quem faz as mulheres serem mulheres e indispensáveis à sobrevivência digna do Universo.
Que estágio de evolução você alcançou
E que barreiras cósmicas rompeu
Para que o sol viesse morar em seus cabelos
E a luz da vida iluminasse os seus olhos?
Prefiro ficar atrás das vidraças, escondido,
Vendo você passar com a graça dos deuses.
Mudei minha vida, vesti as roupas de um estranho.
Minhas idéias eram as mesmas das formigas.
Tudo para que você me amasse.
Foi um erro. Chamei o seu amor à Terra,
Mas ele pertence a um Ser que está além de nossas mãos.
Você voltará a Ele. É certo.
Ela a deu e, arrependido, irá tomá-la.
Quanto a mim restará o desejo de possuí-la entre as estrelas
Que são também o brilho enigmático de seu belo par de olhos.
Você, mulher morena, atende meus desejos como se fossem seus. Ao oferecer para mim suas nádegas que beijei com ardor, arrepiou sua pele de criança. Afastei delicadamente seus glúteos, beijei seu ânus e passeei por ele minha língua. Depois enfiei nele um dedo, depois outro dedo. Você gemeu baixinho. Então retirei meus dedos e te segurei pela cintura com as duas mãos. Puxei você para mim e te penetrei com meu pênis. Penetrei seu ânus que beijou meu pênis. Enfiei devagar, depois movimentei com mais força, sempre te segurando pela cintura. Percebi sua boca aberta, e seu gemido, e seus ais. Seus glúteos eram massageados pelo meu púbis, enquanto meu pênis percorria esta sua estrada de arco-íris. O quarto se encheu com seu cheiro, meus olhos ficaram marejados quando lembrei de seu sabor. Despejei minha torrente de sêmen dentro de você, e ainda fiquei algum tempo unido a você como se fôssemos um único ser. Ao final, retirei meu pênis de dentro de seu ânus e deitamos juntos, eu sobre você. Beijei sua orelha direita, enfiei minha língua em seu ouvido e por fim sorrimos, enquanto descansávamos um sobre o outro sussurrando palavras de amor.
Quando abaixei a sua calça camuflada e sua calcinha, e desci minha cabeça até sua vagina, você sussurrou:
- Pára com isso!
E eu disse:
- Ainda não!
Quando passeei minha língua pelo teu jardim perfumado, e suguei-o com meus lábios, você sussurrou:
- Agora basta!
E eu disse:
- Ainda não!
Quando enchi minha boca com seu mel, você sussurrou:
- Agora chega!
E eu disse:
- Ainda não.
Quando subi minha cabeça pelo seu dorso macio, você se quedou em silêncio.
E eu te abracei ternamente, minha querida, e disse:
- Vamos para casa!
E você sussurrou em meus ouvidos:
- Ainda não!
Acordo no meio da noite, abraçado à minha amada. Ela dorme suavemente com a cabeça recostada ao meu peito. Sua respiração compassada e quente me enche de alegria. Com doçura afasto seu delicado corpo, e ela suspira, mas ainda dorme. Levanto-me e olho o céu noturno pela janela, onde Vênus está brilhando. Sombras de montanhas recortam a paisagem. Observo minha amada dormindo, seu corpo nu estendido na cama, seu monte de Vênus, seus pequenos seios. De sua pele exala um odor sutil, o vinho de minha alma. Ao amanhecer estaremos a caminho de Meca. Volto para cama sob a luz intensa de Vênus, e me deito ao lado dela que ao amanhecer irá comigo a um local sagrado após ter me dado o Paraíso.