REGRESSO
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Regresso à antiga casa, onde fui tão feliz,
Tudo está como antes, parece que nada mudou...
Coração aos saltos, dentro do peito,
Passos apressados, querendo chegar,
Ao passar pelo portão, queria a felicidade habitando ali.
Os degraus rangem, ao peso dos meus passos,
Folhas secas, e poeira amortecem meu caminhar,
Trepadeiras e ciprestes crescem, ao longo do antigo corrimão,
Flores belas e perfumadas, que enfeitaram dois corações,
Queria adentrar, e encontrar vida ali,
Mas tudo é vazio, tudo é solidão...
Permaneço entorpecida, teias de aranha, e poeira,
Se misturam à minha agonia,
Cerro os olhos por um momento...
Ouço vozes, risos, sinto o amor de outrora.
O calor da lareira aquece minha alma, será tudo real?
Será que a felicidade está ali, ou é devaneio meu!
Sua imagem surge diante de mim,
Seu riso cristalino entoa amor,
Tudo está como antes, eu, você, nosso amor?
Um sobressalto, me trás de volta à vida...
Tudo é desolação, solidão pro meu coração,
Nada mais é real ali...
Retorno sobre meus próprios passos,
Os degraus rangem mais alto, aplacando meu sofrer,
A casa dos sonhos está ali...
Entre as quatro paredes, estão as doces recordações,
No meu coração, elas estão gravadas a fogo,
Deixo tudo pra trás...
Sem tua doce presença, é impossível viver ali,
Quero sua companhia, não a sua saudade,
Deixo aqui entrelaçados, com as trepadeiras, e ciprestes,
Meu amor... e meu coração.
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Cecília-SP/04/2007*