Blog de Carmen Vervloet

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VEM... MEU AMOR

VEM, MEU AMOR...

Vem, meu amor, vem...
Vem para meus braços...
Cubra-me com seu abraço...
Aconchegue-se no meu regaço,
Que te deseja e te quer...
Faça-me mulher
Plena... Insana...
Deite-se nesta minha cama
E sacie o meu desejo...
Cubra-me de beijos...
Acaricie a minha pele...
E navegue por este rio
Que já não está vazio...
Transborda em paixão
Que em fervente ebulição
Umedece o seu corpo...
Delicioso porto
Para minhas loucuras
Explícitas... Nada obscuras...
Carícias que se vão...
E vem... Sempre além
Do que espero... Mas quero...
Sacie meu desejo...
Deixe-me ouvir o som do realejo...
Que vem em ondas
De ternura e canção
Que abrandam o fogo
Da minha ardente paixão...

Carmen Vervloet

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VÁ... SEJA FELIZ!

VÁ... SEJA FELIZ

Toma jeito, coração...
Bate calmo... Devagar...
Não me deixe demonstrar
O que meus olhos
Insistem em confessar...

Não posso entregar meu segredo...
Já sofri e tenho medo...
Ele vem... Promete... Promete...
E a velha estória se repete!

Um dia de céu anil...
Suave lua a deslizar...
Palavras de amor... Toque sutil...
E depois, só tristeza a chorar...

Chega de decepção...
Tenho que usar a razão...
Detesto desilusão...
Quero a rosa felicidade...
Não suporto mais insanidade...

Vá... Siga seu caminho...
Busque outros carinhos...
Encontrarás outro sorriso...
Outra boca... Outro riso...
Novo porto... Quiçá o paraíso...

Deixarás comigo uma grande mágoa...
Meus olhos rasos d’água...
Busque auroras inebriantes...
Deixe comigo a dor deste instante...

Busque uma nova companheira...
Eu fui um sonho que acabou...
Abra portas... Janelas... Ultrapasse fronteiras...
Olhe o sol que ilumina um novo caminho...
Inspire este puro ar marinho...
Guarde o pouco que restou!...

Não olhe para trás
Eu te peço, por favor!
Fui apenas o curinga do seu ás
E não quero nunca mais
Sofrer a dorida frustração...
Ferir o meu coração...

Siga em frente... Busque outra aurora...
Ouvirás meu adeus na voz do vento...
Esqueça o meu amor... Vá embora...
Quero ficar só com os meus sentimentos...
Quero passear pelo nosso jardim...
Quero regar a nossa roseira...
Quero poder respirar enfim...
Quero lavar a acumulada poeira...
Que me cegou... Que me anulou
E me fez uma triste prisioneira...

Vá... Seja feliz!
Agora sou mestra...
Mas fui, um dia, aprendiz!

Carmen Vervloet

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VERSOS COM PERFUME

VERSOS COM PERFUME

Na fragrância mais provocante...
Com seu jeito insinuante...
Inebria-me seu lindo poetizar...
Sacudindo a poeira das palavras...
Buscando no fundo da sua lavra...
Versos límpidos... Diamantes puros...
Um som... Um canto...
Sublime acalanto...
No seu versejar seguro...
Vaga-lumeando o escuro...
Borbulhante emoção...
Em ebulição... Mágica invocação...
Água fervente... Que verte do coração...
Devaneios alados
Que pousam calados
E tocam suavemente minha alma...
Que calma...
Solfeja a beleza e a paz
Que o poeta me trás
Em versos com perfume
De violeta lilás!

Carmen Vervloet

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LÁGRIMAS

Lágrimas

Escorrem dos meus tristes olhos
Espelhos de minha alma
Onde se reflete a dor que sinto
E se perdem neste estranho labirinto!

Transmutam-se em poesia
Escrita em papel molhado
Com cheiro de maresia
Deste mar de lágrimas
Do meu coração descarrilado!

Cristalizam-se em cada verso
Diamantes a brilhar!...
Pálido outono confesso,
Sonhos secos a desfolhar!...

Carmen Vervloet
http://www.youtube.com/watch?v=8IaHHK5_iVs

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CHUVA DE LEMBRANÇAS

Chuva de Lembranças

Como é bom ter olhos para ver o mundo!
O céu nublado olhado de um jeito profundo!
Escoando chuva miúda, límpida, fina...
Regando meu amado jardim, com água tão cristalina!
O verde relaxante das folhagens que vem e vão...
Contrastando com flores coloridas que gratuitamente se dão...
Flores e folhagens unidas num perfeito casamento,
Embalando sonhos lindos, trazendo a tona latente sentimento.

Volto ao tempo de infância...
E a chuva, as flores, o cheiro de terra molhada...
Trazem a saudade, o perfume, a fragrância...
Dos tempos felizes de criança,
Vividos na casa caiada...

Vejo-me a caçar borboletas...
O riso fácil, os pés descalços pisando a lama macia!
Ouço a voz de mamãe: “Menina sem juízo, vais ficar doente”!
E a voz de papai, que para ouvir novamente tudo daria!...
“Velha, deixe a menina, isto faz bem, ela está contente”!

E nas noites bordadas de chuva,
Papai, velhas histórias de família, a contar...
E eu agachada a seus pés, excitada,
Com os olhos qual um sol a brilhar...
Queria saber de tudo, queria eternizar o momento,
Para sentir da sua voz o calor...
Que no frio da minha terra me aquecia com amor.

E em cada gota de chuva que cai no meu jardim...
Lembranças de momentos vividos...
Brancos, imaculados como o jasmim.
Momentos de ternura que voaram ligeiros...
Como os pássaros que agora da chuva querem se abrigar...
Momentos de aconchego
Que só o calor de uma família feliz pôde dar!

Momentos que no tempo passaram...
Mas em mim eternamente ficaram...
Momentos do passado, mas que em mim estão presentes...
Momentos que me questionam,
Quando num futuro ameaçador penso estar ausente.
Tantos momentos felizes,
Incontáveis como as gotas de chuva
Que agora o céu escoa...
Momentos cristalizados no coração da menina
Que continua correndo atrás da borboleta esperança que voa...

Carmen Vervloet

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MINHA ÁRVORE COR-DE-JADE

MINHA ÁRVORE COR-DE-JADE

Olho o seu verde
Virgem deflorada...
Suas raízes fincadas
No chão...
Resistindo...
Da vida sustentação!
Sólida... Imponente...
Meu novo tempo...
Momento...
Beleza sutil
Na mudança de estação...
Sombra que refresca
No quente verão...
Delicadeza do seu coração!
Magia na primavera...
Graciosas folhas e flores...
Nuances de muitas cores...
Infinito amor à terra!
Não sucumbindo à guerra...
Folhas dançando...
Bailado
Rendado de luz
No solfejo do vento...
Suaves movimentos...
Pousada de passarinhos...
Felizes no seu ninho
Óvulos fecundados...
Chocados com amor...
Seus galhos...
Palco de travessuras
Da minha longínqua criança
Verde esperança...
Sobrevivendo com nacos
De lembranças...
Doces frutos mordidos
Com carinho...
Saboreados devagarzinho...
Buscando o sabor
Da minha infância!
E a beleza se ajeitando
Num singelo momento
De paz
Que você me trás
Nas pétalas do tempo...
No perfume da saudade...
Vislumbres de felicidade
Na minha árvrvore
Cor-de jade...

Carmen Vervloet

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ESCULPINDO A VIDA

ESCULPINDO A VIDA

Quero esculpir
A minha história...
Quero chorar ou sorrir
Entre reveses ou glórias...
Quero entalhá-la
No meu dia a dia...
Do meu jeito...
Com minhas manias...
Mas sem preconceito...
Peito aberto
Nos caminhos incertos...
Com a minha cara...
Nem sempre de beleza rara...
Às vezes feia...
Sangue italiano
Nas veias...
Às vezes brilhante alvorecer...
Benquerer!
Outras vezes noite escura...
Amargura!
A coragem impulsionando
A busca...
A brancura da paz...
O azul do amor...
Capaz de apostar no hoje...
Meu presente...
Que me dá a rota
Onde lanço minha frota...
Que me leva ao futuro...
Certo... Nascituro...
Fruto maduro...
Mastigado pelo tempo...
No tempo certo...
Sentimentos especiais...
Abundantes mananciais...
Que sustentam
A vida
Por mim esculpida!

Carmen Vervloet

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A AREIA E SEUS MISTÉRIOS

A AREIA E SEUS MISTÉRIOS

Branca e silente areia...
Mistérios não revelados...
Pelo ardente sol, incinerados...
Espalhados pelo vento...
No seu contentamento...
Rencanto da natureza...
Suave como os olhos da lua...
Maciez que se insinua...
E convida...
Ao doce encantamento...
Caloroso acasalamento...
De amores escondidos...
Corações embevecidos...
Corpos que se tocam
Num bailado louco...
Resplandecente porto...
Molhados pelos beijos do mar...
Suados no conjugar do amar...
Que se colam...
No vértice da paixão...
Esquecidos da razão...
Num vai e vem de prazer...
Bendizer do desejo... do amor.
Milhares de fragmentos
Em selvagem abrasamento...
Na pele nua... becos e ruas...
Que levam a volúpia do querer...
O outro ser...

Olhos brilhando... cheios de cor...

E o mar engolindo os segredos ...
Carregando em seus longos dedos...
Os mistérios da paixão...
Perpetuada no seu aveludado chão...
Carmen Vervloet

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Rosa Azul

Rosa Azul

Quantas coisas me vêm à mente...
E de uma maneira mais veemente
A triste, a angustiante verdade...
Como é fácil fazer nascer...
Como é árduo fazer florescer
A rosa azul da amizade.

Será que ela não existe?
Será que a erva daninha sempre a sufoca?
Será que é rara nesse mundo triste?
Será que ninguém, com ela, mais se importa?

Mas é linda demais!
Não... Não... Morrer não pode jamais!
Através de séculos e séculos floriu...
À maldade dos homens corajosamente resistiu...
Será que hoje não gostam da sua cor?
Será por isso que destroem a flor?

Tenho vontade de me transformar em fada...
Penetrar dentro de cada coração
Transformar o egoísmo em nada...
Transformar em fraternidade a competição...

Realizar uma verdadeira metamorfose...
Modificar o ódio em amor...
Concretizar a sã gnose...
Do perdão, aumentar a dose...
Para que todos enxerguem a flor.

Colorir complexos com o vermelho da segurança...
Colorir frustrações com o verde da esperança...
Pincelar... Pincelar... Sobre o preto do ódio...
O branco da paz...
Apagar a falsidade que tanto mal faz!

E ver então florescer
A rosa azul da amizade
Desabrochando
Na luz do alvorecer!

Carmen Vervloet

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AREIA DA PRAIA

AREIA DA PRAIA

Areia da praia, quanto mistério no seu silêncio esconde...
Mistério do mar que a beija e se vai sem dizer onde...
Mistério do vento que a acaricia e quase a enlouquece...
Mistério do sol que a aquece e depois no infinito desaparece...

Areia pura, que crianças felizes e infelizes, abriga.
Que correm , pulam, fazem castelos e jogam você para o ar,
Depois se vão, deixando-a na sua solidão perdida...
A procura de novos sonhos...
Que a inocência da infância sabe alimentar.

Areia morena tantas vezes profanada,
Tantas vezes massacrada, enganada, machucada,
Pela maldade dos homens, que a pisam...
Com o peso do egoísmo.

Areia, areia morena, areia menina,
Areia grossa, areia fina,
Areia, areia quente, areia fria,
Areia silente, que se falasse tanto diria.

Areia molhada, quem sabe talvez de chorar...
Presenciando desesperada a natureza a se acabar
Pelo homem cheio de ganância que já não tem olhos para ver
As coisas gratuitas e preciosas essenciais ao seu feliz viver.

Carmen Vervloet

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