Hoje sou vácuo e vão,
o calor importuna insistente
neste escaldante verão...
Meu corpo pede que vente.
A mente embotada nada cria...
Queria ser alga no mar,
rasgo os versos da poesia,
ultimato do meu pensar.
Se ao menos uma nuvem perdida
viesse com chuva molhar
a terra comprometida
que tolhe até meu olhar...
Mas nada acontece no espaço,
o meu tédio é enorme,
sem ritmo e sem compasso,
o vento não sopra, dorme!