Eis que em minha vida chegou o inverno,
já não corro mais lépida pelos campos,
mas guardo em mim sonhos eternos,
iluminados por milhões de pirilampos.
Meus sonhos transpassam nuvens, montes,
minh’alma pirilampeando pelo curvo horizonte,
relembra os verões festivos e as primaveras,
o sol radiante que transpunha minha janela.
Ninguém roubará de mim tamanha alegria,
nem as infindas lembranças que guardo comigo
eternizo-as nos versos da minha poesia.
É leve o peso dos meus setenta anos,
construí na caminhada um sólido abrigo
que revela as marcas do meu viver humano.
Comentários
Para Carmem
Lindo seu poema!
Espero chegar aos meus setenta anos com tal leveza de espírito!
Parabéns!
Allan/Carmen
Prezado Allan,
A vida é nossa melhor mestra! Se formos aprendizes atentos vamos retificando os caminhos, simplificando nosso dia a dia e no final da caminhada chegaremos mais leves, descansados e desencucados.
Agradeço sensibilizada seu comentário.
Abrs.
Carmen
Poetisa Cléo Alves p/ Carmen Vervloet
Como vai Carmen? Quero dizer que me senti muito bem ao ler as suas palavras, consegui sentir um pouco de você em minh'alma!
Um grande abraço...
Deus te abençoe!
Poetisa Cléo/Carmen
Prezada Cléo,
Então consegui meu objetivo, Cléo! Queria mesmo passar um pouco de
mim nesta longa caminhada.
Obrigada pelo carinho!
Meu abraço carinhoso e que Deus te abençoe, sempre!
Carmen
para Carmen Vervloet, de Carmen Lúcia
"Eis que em minha vida chegou o inverno...
Meus sonhos transpassam nuvens, montes...
Ninguém roubará de mim tamanha alegria...
É leve o peso dos meus setenta anos..."
Querida, isso é uma preciosidade! Chegar aos setenta anos com esse espírito transbordante de jovialidade é algo digno de se aplaudir e reverenciar. Meus parabéns e que sua vida, assim como seus versos, se intensifiquem cada vez mais. (Se o mais for possível!)
Deixo aqui um poema que fiz e hoje o dedico a você:
(precios)Idade
Essa minha nova fase...
Novo capítulo, novo ciclo,
final e recomeço de nova estação,
folhas caídas, árvores desvestidas,
mudança que gera conflagração
até que a poeira se assente ao chão.
Procuro por palavras espalhadas
juntamente com as folhas, em variação,
que definam essa minha nova etapa
e teçam versos ritmados à emoção...
Nada que me prenda ao passado
para que não me ausente do presente
e que ele me apresente uma forma evoluída
de conduzir com sapiência a minha vida.
Que eu nunca perca o encantamento de ver cores,
a simplicidade continue a ser meu lema,
e quando não puder me expressar com as palavras,
que minhas mãos falem, a transbordar afagos.
Que a mágoa nunca venha me rondar,
mas se vier, seu espinho eu possa retirar
e quando um dia a lágrima brotar,
que o coração fale pelo meu olhar.
Quando estiver cercada por pessoas
e a sensação é de não ver ninguém por perto,
é a solidão que num momento incerto
chega de soslaio, mas logo se escoa.
Inevitável será sentir saudade...
Lembranças que do peito quero esvaziar
para que as novas ocupem seu lugar
e minha (precios)idade eu possa desfrutar.
_Carmen Lúcia_
Muitos abraços e beijos!
Carmen Lúcia