No despertar de minha vida,
Verei as mais belas cantigas escritas em meu passado,
Descobrirei que os caminhos mais longos sempre foram os mais seguros,
Sentirei a solidão do amor e o medo da companhia...
No despertar de minha vida,
Sentirei o vento em meu rosto a acalentar o Outono florido,
Sentirei o cheiro de tua paz nas aguas quentes de teus braços....
No despertar de minha vida,
Regressarei aos campos verdejantes de meus sonhos,
Reencontrarei os velhos amigos a quem deixei um breve tardar....
No despertar de minha vida,
Sentirei falta do que nunca consegui realizar,
Das pessoas que nunca conheci,
Das cantigas de roda feita pelos amigos em noites serenas....
Tal vez ao despertar de minha vida,
Verei um sol diferente ou um luar eterno,
Não terei velas, nem gritos pelos bosques,
Não sentirei frio no corpo aquecido pelo frio ártico,
Mas sentirei falta de minha pequenina Letícia Karielly,
Que me trouxe em um doce novembro,
As mais belas verdades e o único sentimento de amor verdadeiro já mais vivido,
O amor incondicional, sem espera nada em troca apena a palavra,
“Papai!”.
Ao despertar de minha vida,
Verei as coisas mais belas de meu caminho,
A bela e amada esposa que tanto repousa ao meu lado tão amada,
A minha parte frágil do crivo espirito...
Quando eu despertar de minha vida,
Sentirei quão perto estamos sempre de DEUS,
O quão sego vivemos pela pressa e pelo medo...
Porem, quando eu despertar não terei, a chance de dizer novamente a minha esposa e filha o quanto o tenho amor por elas.
Quando o meu despertar chegar,
Farei o ultimo pedido aos anjos,
Que ilumine você que dedica um momento para me entender,
E Que para sempre saberá que eu nasci para uma nova vida...
No meu despertar terei que recomeçar...
Desta vez a te olhar pelo caminho.
Que Deus em sua infinita bondade te ilumine minha filha.
Autor: Augusto Cedric
Nascido em 18.12.1982, Recife