Na distância está ela,
ignora minha presença,
a Lua, brilha insinuante
sem saber de quem apela,
Que a distância não vença,
a uma ilusão delirante...
De chamar-lhe a atenção
e fazê-la me ver, responder:
Um sinal que faça ligação.
Mas, eu aqui preso ao chão
pouco, ou nada posso fazer
além de alar a imaginação.
Pego de uma pedra e atiro,
que suba até o infinito...
e lá, a alcançando me destaque.
Sei que esqueço que deliro
esperando um éco deste grito,
mesmo mínimo, pequeno traque...
Fecho os olhos e espero onde,
e ouço... uma pedrinha cair!
É ela! A responder meus ais...
Agora ela sempre me responde.
Quando lanço pedras, há de vir,
desde que eu não abra os olhos jamais.