Guarde para mim
um pouco da festa,
que eu vou um tempo,
por estes confins...
A buscar a destra,
no caminhar lento
das rimas imperfeitas.
Guarda-me um riso
e um pouco dos dias,
pode ser só um traço,
é só o que eu preciso
para não sentir perdido,
no desterro, que abraço
nas ruas imperfeitas.
Guarde um motivo
que me traga de volta.
Como improviso ou acaso,
livre, que esteja vivo...
Me segura e não solta
na borda do raso,
deste mar imperfeito.