Minha alma anda silenciosa
como um tímido fantasma
que entre os corredores flutua
e cada ruido, movimento, dosa.
Em sua frieza fluida de plasma
soprando junto ao vento que flua.
Silhueta entre as sombras,
sem chamar a atenção.
Mais um rosa entre o crepúsculo
a distender-se como alfombra,
alargando-se a toda amplidão,
invisível como o sem calculo...
Ela se encolhe, e expande,
a se fingir de camaleão.
Entre as noites de Lua e Sol
a dispersar por onde anda.
A ser fogo na explosão,
ou num tornado um caracol.
Minha alma ouve e canta
nas melodias todas e pausas,
e ama entre todos os amantes.
Germinando-se junto a planta,
a motivar-se entre as causas,
entre as minucias e gigantes.