A saudade que mata
As noites longas, e insones
me enchem de saudade
Das filhas crescidas,
do marido ausente.
uma saudade imensa do que se foi.
Da infância repleta de brigadeiros,
dos olhinhos brilhantes e felizes.
Aqueles bilhetes do dia das mães que tanto me emocionavam
os almoços de domingo , com risos ,
e a sobremesa preferida.
Dos trabalhos escolares que,
mesmo não devendo , eu ajudava.
Os primeiros bailinhos,
Onde elas queriam ser adultas
das noites acordada pelas festinhas e discotecas
Ahhh, que saudade de tudo isso.
Das viagens longas onde eu brincava com elas como criança,
do colo cheio de amor onde eu as abraçava
para não mais chorarem,
Palavras de amor de um tempo passado.
Mas a vida muda tudo,
as crianças são mulheres,
com profissão , lares e nova familia
Uma vida corrida, sem tempo para nada
Ja não as ajudo a escolheresm seus vestidos ou aqueles jeans.
Sou apenas mais uma mãe,
que se perdeu no tempo, na saudade e no amor.