Na vida tudo pode acontecer
Até eu morrer de amor por ti
Sei que existe algo a impedir
De alguém morrer assim
Vou ver o mar na noite de luar
Jogar flores para te encontrarem
E em cada pétala levará um beijo
E quando nelas teu corpo ancorar
Saberás que a mim encontrarás
Porque tem o sabor dos beijos
Que na ultima noite te dei ao luar
Espero-te aqui do outro lado do mar
Vem ficar comigo...
Espero-te com os lábios ansiosos
Enlouquecidos a querer te beijar
Solidão... O que é?
É estar só em plena multidão
É sentir um amargor no coração
É cantar e não ter ninguém a escutar
Nada sinto no âmago da minha alma
Somente um imenso vazio fazendo eco
Tento olhar para dentro de mim mesma
Nada vejo apenas uma tenebrosa escuridão
Sinto a brisa passando causando calafrios
Meu corpo já sente a frieza do meu coração
Solidão é tudo o que se sente quando
Dentro da gente não se vê mais esperança
Quando tudo a nossa volta vira melancolia
Quando não percebemos mais o brilho do sol
Quando até a lua se esconde de nós
Quando percebemos quanta ingratidão recebemos
Ah! Esta ingratidão que acaba com nossos sonhos
Devorando-nos aos poucos com fome de silêncio
Fome de destruição de um coração amargurado
Pela falta de amor que o abandonou há tanto tempo
Deixe-me triste solidão... Vai-te embora!
Deixe meu coração libertado deste sentimento
Desta amargura que é estar neste silêncio
Quero esquecer este tempo que esteve a me devorar
O tempo se esvai já não existe tempo
No passado parecia mais demorado
Até mesmo quando havia contratempo
Hoje tudo está completamente mudado
O tempo já não conta mais nada
Até o relógio do tempo está parado
Será que este mundo está enganado
Fazendo-me sentir condenada
Sem amores para partilhar minha vida
Sem amigos para apoiar-me arduamente
Sem ninguém a se importar com a morte
Com esta dor que está amortecida
Você dizia ser meu amor meu amante
E agora me largou a deriva da sorte
Noite clara enluarada
Céu límpido como diamante
Traz recordação emocionada
Ecos de uma vida brilhante
Que agora jaz adormecido
Em covas rasas céu aberto
Diante do olhar estarrecido
De dia passado e encoberto
Escondendo verdades no peito
Recordando horas de encanto
No coração guarda lembrança
No pensamento muito respeito
Na alma resta mesmo o canto
Saudade diante dos olhos dança
Quero dar-te um beijo
Sentir a suavidade da tua boca
Molhar teus lábios nos meus
Desejo a cada olhar teu
Tua boca beijar e me deliciar
Quando adormeço sonho contigo
E só penso no meu sonho em ti
Na tua boca vermelha cor de cereja
Que ainda vou beijar...
Acordo e ainda te vejo na frente
Nas brumas do meu pensamento
Que ainda penso estar sonhando
Juro que ainda vou te beijar
Nem que seja apenas um beijo
Que eu tenha que de ti roubar
Você pode gostar ou me odiar
Não importa guardarei teu sabor
Que tenho certeza ser de cereja
Alegrando o meu coração
Beijando tua boca vermelha nua
Quatro anos se passaram tão rapidamente
Às vezes penso que foi ontem
Ou até mesmo hoje perdi a noção do tempo
Penso nas horas que estive a teu lado
Nas horas que brincamos e rimos
Sentadas naquela varanda
Olhando as suas belas flores do jardim
E nas noites de céu estrelado
Quando ficávamos olhando as estrelas
Fazendo contato com o divino iluminado
Traçando sonhos a serem concretizados
Nunca cansou de me ouvir e eu te escutar
Éramos apesar das desavenças amigas
Você era o meu sol que clareava
E eu a lua que reclamava da sombra da nuvem
Que lá bem alto no céu passava
Ah! Quanta saudade no meu coração
Se o tempo pudesse retroceder eu queria
Abraçar-te novamente sentir seu carinho
Abundantemente
E não te deixar sozinha novamente
Aquele dia fatídico eu sabia que não deveria
Ter partido
Tinha que ter estado lá como sempre estive
Ao teu lado sorrindo amparando e te amando
Mas o destino é cruel e nos põe a boca o fel
O que mais sinto é não ter me despedido
Você não me esperou e partiu sem dizer Adeus
Até hoje tenho todos os pormenores na mente
E ainda não acredito que partiu tão de repente
Mas sabe! Mãe...Te guardarei no cofre forte
Naquele que somente a gente entra
Naquele que tantos querem entrar
Mas não é para um ser indiferente
É somente para quem sabe amar a gente
Assim como te amei e sei que me amou
Pois sempre foi a Mãe que sonhei ter
Sua lembrança está neste lugar guardada
Perfeitamente bela e maravilhosa como era
Dentro deste cofre que posso quando quiser
Encontrar-te a qualquer momento
E matar a saudade que me mata lentamente
Aqui! Mãe... Dentro do meu coração
Amor...
Tudo gira em torno desta palavrinha
Cheia de ardor, reflexão, adoração.
Que faz os olhos brilharem mesmo
Que seja numa noite escura sem
Lampejos de raios nem mesmo o
Brilho da lua...
Amor...
Seja onde for os caminhos nos levam
A este tão singelo sentimento
Que influencia a nossa rotatividade
Em plena espiritualidade da vida
Onde o encontramos lá ficamos
Aquecendo nossa alma...
Amor...
Que quando o conhecemos
Não queremos mais viver sem ele
Queremos a todo o momento amar
Esquecer as horas que ficamos
Ao relento da vida sem este eterno
Sentimento que nos faz sonhar...
Amor...
Que vem sempre acompanhado
Por um doce sabor de alegria
Expelindo a endorfina que vai
Preenchendo as lacunas da dor
Ah! Este tal amor...
Que faz viver num eterno amar
É preciso que a humanidade de as mãos
Olhando com um sorriso nosso irmão
Esquecendo o ódio no fundo do coração
Aquecendo o amor com a união
Deste reino de caminhantes em desolação
Que todos esquecem que temos ligação
Vem... Dá-me tua mão sejamos atração
Para os outros que virão
Temos que pensar que tudo é ilusão
Que não passamos de um raio de sol
Um grão de areia no deserto
Um pingo d’água da chuva
Uma folha verde da floresta
Que o vento carregou e... Desapareceu!
Em tudo é dito que o soberano voltará
E vai querer saber onde estará
O amor que um dia ele pregou
Neste momento com olhos umedecidos
Lamentaremos o porquê ter esquecido
Aquele homem que tanto nos amou
Chegou a dar sua vida por aqueles
Que o esqueceram pelas andanças da vida
Agora aqui desolados vemos mudança
Com a chegada daquele que é o começo e o fim
Os anjos do céu desconsertados choraram
E suas lágrimas do céu caíram
Molhando a terra na sua nova era
Aquela que não tem limites
Onde tudo pode nada é proibido
Demo-nos as mãos e cantemos uma canção
Elevando a voz em plena oração
E nos juntemos como verdadeiros irmãos
Hoje a felicidade tomou conta do meu ser
Você apareceu e fez minha alma enaltecer
Caminhamos pelas ruas num lindo entardecer
Falou-me baixinho com todo carinho
Pegou minha mão e corremos para nosso ninho
Que calorosamente nos aqueceu de mansinho
Entre os lençóis de cetim nos enrolamos
Entre braços e abraços nos amamos
E com alegria uma linda canção entoamos
Nada interferiu tudo colaborou até o céu clareou
O entardecer emanou sua brisa que a flor cheirou
E nós agradecemos este dia que tanto demorou