De um Natal que simbolize
O gesto largo e espontâneo,
o sonho de um certo Dom Quixote,
De um abraço fraternal que valorize
Os laços solidários,
dos povos de Jerusalém e, de Cabul a Belize
De um Natal que não apenas retrate
O consumo fatal - inevitável
mas, que a estrela de Belém resgate
De um sonho abissal, ao radiante despertar
No espírito universal, transcendental
da chama no coração-criança a libertar
De um Natal que renove a fé,
esperança e doação, em melodia e madrigal,
na vinha e no pão,na humana comunhão...
Queria apenas falar
de uma criança a sorrir,
Que abrisse, no amanhã, os portais
Que acenda,
nos labirintos, os castiçais
Que conduza a humanidade para um novo por-vir...
Que este Natal represente um momento especial
em suas vidas e, naquelas
que encontram ou cruzam seus caminhos,
Que possam sentir-se como parte indivisível
da grande espiral universal
prontos a se transformarem em elos
desta corrente que move moinhos.
Obs. O poeta homenageias a todos que através da arte da palavra escrita, falada, declamada contribuem para o contínuo desenvolvimento da espiritualidade humana.